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Campina Grande, Paraíba, Brazil

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dança do ventre


Mesmo a Egiptologia afirmando que não existe nenhum registro da dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto.

Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.

Por possuir elementos corporais e sexuais femininos, acredita-se que sua origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era considerada um ritual sagrado.

As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães.

São marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril, entre outros.

Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, inclusive com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930.


Benefícios da Dança do Ventre
Por Débora Sabongi

Para a mulher a dança do ventre traz inúmeros benefícios, tanto do ponto de vista corporal, estético, quanto psicológico. Podemos citar alguns pontos mais visíveis e importantes:

Corporal

  • Uma aula de dança do ventre propicia queimar muitas calorias, auxiliando no processo de emagrecimento;

  • Tonifica e enrijece a musculatura do abdômen, pernas, braços, costas e glúteos;

  • Aumenta e ativa a circulação sanguínea;

  • Trabalha as articulações, melhorando seu condicionamento;

  • Proporciona a reeducação postural;

  • Aumenta a flexibilidade e resistência física;

  • Desenvolve a coordenação motora e melhora o eixo de equilíbrio;

Estético

  • Aprende a ter um cuidado mais delicado com o próprio corpo;

  • Cria um estimulo para dietas saudáveis, no sentido de potencializar seu visual; entenda-se isso, por criar uma disciplina nos hábitos alimentares e não cair em dietas mirabolantes sem resultados positivos;

  • Desenvolve a capacidade de ressaltar seus pontos interessantes e atenuar os menos favorecidos, trazendo um bem estar com o próprio corpo;

Psicológico

  • Desenvolvimento imediato da auto-estima: a mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas;

  • Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade;

  • Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo;

  • Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos.

  • Estimula a criatividade;

  • Através de seqüências e laboratórios/dinâmicas trabalhamos a percepção sensorial. Isso cria uma sensibilização na mulher, de forma que sua leitura musical é decodificada através de movimentos precisos e que a colocam em contato com seu interior, suas próprias emoções;

  • Desta mesma forma, a timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, possibilitando melhoria nos relacionamentos;

  • Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios;

    Dança do ventre dá barriga?

Não!
Pelo amor de Deus, pense no trabalho que a gente tem pra dançar essas coisas, no tanto que cansa, que mexe, que sua.

Este é o mito mais comum, muitas mulheres deixam de praticar a dança por este motivo que é uma grande mentira!

O mito existe porque nos países de sua procedência, culturalmente, as mais gordinhas são mais apreciadas na dança.

Pelo contrário, a dança enrijece os músculos abdominais, trabalha a força e a elasticidade dos músculos abdominais, usando as ondulações dos quadris que adquirem um formato levemente arredondado – como o de um violão, bem feminino;


Modalidades

A Dança do Ventre possui diversas modalidades desde a tradicional que não utiliza nenhum objeto até outras variações nas quais se dança com objetos cênicos.


Candelabro (shamadan)


Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.

É uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países árabes.

Assim, é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.

Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.

É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.


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Taças



Não se sabe ao certo sua origem, mas acredita-se que tenha surgido no ocidente.

Não existe um traje pré-determinado, e também não há um ritmo específico. Apenas sugere-se que seja dançada ao som de uma música mais lenta e clássica, que cause certo ar misterioso.

Por ser uma dança mais lenta e delicada, pode-se realizar movimentos de chão, bem como abusar de movimentos de oitos, ondulações, redondos e cambrés.

As taças com velas iluminam o corpo, os trajes da bailarina e também o ambiente. Por isso recomenda-se que este não seja muito claro, mas que esteja na penumbra.

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Dança com punhal



Pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos.

Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele.

Ela faz desenhos no ar com o punhal, e às vezes o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito.

Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal.

Usam-se mais músicas não muito aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança.

Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.

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Dança da espada



É uma dança que exige equilíbrio, pois que há movimentos em que se equilibra a espada em partes do corpo, além de exigir força, já que a espada é um pouco pesada.

A bailarina pode equilibrar a espada na cabeça, na mão, na cintura, no busto, no abdômen, e na perna enquanto dança, mas não se pode esquecer também da graciosidade e do charme presentes nesta dança.

Além de equilibrar a espada, a bailarina também faz movimentos com a espada no ar e realiza outros movimentos característicos da dança do ventre como oitos, redondos, ondulações, shimmies, entre outros.

Esta dança não requer ritmos ou trajes específicos, mas devem-se evitar os ritmos folclóricos. Geralmente é dançada em um ritmo mais lento, podendo a música apresentar algumas partes rápidas.

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Dança com snujs



Os snujs são címbalos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.

É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ ou as da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.

O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.

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Dança com véu




O véu na Dança do Ventre é como uma extensão da bailarina, de seus braços, proporcionando um ar de mistério, leveza e encanto.

A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove.

Não é muito comum nos países árabes. É mais usado nos países ocidentais como o Brasil e os Estados Unidos.

Não há traje e nem ritmo específico para sua execução. Apenas recomenda-se evitar ritmos folclóricos e solos de derbak. A música pode ser mais lenta ou mais rápida.

Esta dança exige equilíbrio pois pede deslocamentos e giros. Também requer habilidade da bailarina já que este objeto cênico se movimenta durante a dança, ao contrário do punhal por exemplo.

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Véu leque



Não se tem uma definição de onde começou a dança que conhecemos por Fan Veil, ou véu leque, mas há um indício de que sua origem tenha sido na dança oriental coreana e japonesa, Buchaechum (coreana) e a Odori (japonesa).

A dança com o véu leque seria uma combinação da dança oriental com a dança do leque coreana Buchaechum (fan dance). Sendo que foi adaptado um véu de seda pura ao leque para dar ênfase aos movimentos.

Atualmente o Leque com véu de seda é a última moda entre as dançarinas de dança do ventre do mundo todo. A beleza encantadora dele, o efeito que proporciona quando movimentado com destreza e graciosidade é um ponto alto no show.

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Véu Wings

Sua adaptação para a dança do ventre pode ter surgido a partir das imagens e rituais para a Deusa Ísis. É uma técnica originalmente americana, que utiliza um véu em formato de asa.

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Dança do pandeiro



O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.

Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.

Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.

Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.

Realiza batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.

Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.

O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental.

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Danças Folclóricas

As Danças Folclóricas Árabes são típicas de diversas regiões do mundo árabe. Geralmente se originaram de situações cotidianas antigas, ou seja, nasceram no seio das manifestações sociais e culturais. De forma geral tinham estreita relação com a natureza.



Dança com jarro


Surgida entre os beduínos (povos do deserto). Uma dança de reverência à água, que representa a vida.

A água era escassa e por isso sagrada no Egito Antigo, e só era obtida após as cheias do Rio Nilo. As mulheres, ao encherem seus jarros com água do Nilo, celebravam a vida através de movimentos de seus corpos com o jarro. Por isso é uma dança alegre, de celebração, comemoração.

É conhecida também como Dança do Nilo, como Raks Al Balaas, e também como dança da Samaritana.

O traje mais recomendado para a apresentação é o vestido, ou outro que mantenha a barriga coberta.

O jarro pode ser de barro (ou imitando barro) ou enfeitado, depende da preferência. Os ritmos mais adequados são o Said e o Falahi.

Os movimentos desta dança são alegres, descontraídos, animados. A bailarina faz movimentos com o jarro, além de colocá-lo algumas vezes sobre partes do corpo, como a cabeça, cintura e ombros.

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Khaleege

É uma dança folclórica que se originou no Golfo Pérsico.

Khaleege em árabe significa Golfo, e é uma dança também conhecida como Raks El Nacha´at.

É comum ainda hoje, em festas familiares, cujas presenças são todas femininas, algumas mulheres se levantarem, vestirem suas túnicas e dançarem Khaleege.

O ritmo para esse tipo de dança é o Soudi. É dançada com um vestido (túnica) de tecido fino, todo bordado por cima da roupa normal ou da roupa de dança do ventre, no caso de uma apresentação. A túnica é chamada de Galabya.

A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, que se mantém constante e presente todo o tempo. Além dessa marcação, há movimentos de cabeça (com destaque para os cabelos), de mãos, braços, e tronco. O quadril praticamente não se move.

Khaleege em árabe significa Golfo, e é uma dança também conhecida como Raks El Nacha´at.


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Dabke



Dabke é uma dança folclórica de muitos países árabes.

Apesar de ser originalmente masculina, hoje em dia pode ser vista sendo dançada por toda a família.

Dançada em grupo, com as pessoas de mãos dadas formando uma roda ou uma meia-lua.

Não há movimentos de braços e ou de quadril. A movimentação se restringe aos pés, que realizam uma variedade de batidas e passos no chão.

Os ritmos mais adequados são o Said e o Malfuf. A música é alegre, e quase sempre acompanhada de derbak e da flauta Mijwiz.

Assim como a música, a dança também é alegre, e quase sempre dançada pelos árabes quando presentes em uma festa.

Por ser uma dança de fácil execução, é possível aprendê-la durante uma festa e participar da celebração do Dabke.

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Tahtib


Dança com dois bastões longos, tipicamente masculina. Originária da região do Egito chamada Said, ao norte do país.

Dizem que esta dança surgiu porque os homens egípcios sempre carregavam consigo um cajado longo, que servia para caminhar, para se proteger em combates ou para pastorear rebanhos. E os homens acabavam usando este cajado para dançar em situações comemorativas.

Dançada ao ritmo de said, com marcações fortes de percussão (derbak, daff), guiado através de mizmar.

Geralmente os homens dançam juntos, aparentando e simulando uma luta. Eles fazem acrobacias com o bastão, demonstrando toda sua agilidade e habilidade, atacam e desviam os golpes de bastão um do outro. Pode-se notar que a movimentação desta dança é mais forte e mais agressiva do que a feminina.

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Dança da bengala


Versão feminina do Tahtib, é conhecida também como Raks Al Assaya. É uma dança folclórica, alegre, mais graciosa que a masculina.

É geralmente dançada ao som do ritmo Said (que é o nome de uma região ao norte do Egito, local de onde se originou tal dança.)

Movimentos delicados onde as mulheres apenas manejam o bastão demonstrando suas habilidades com o objeto, usando-o também como uma “moldura” para mostrar o corpo durante a execução de seus movimentos.

As mulheres demonstram toda sua habilidade girando o bastão de várias formas sempre com muito charme e delicadeza. Ao dançar, a bailarina demonstra destreza, equilíbrio e sensualidade, e sua expressão deve ser de alegria.

A vestimenta cobre o ventre, como um vestido, que pode ser de vários modelos, com abertura lateral, ou não, justo ou mais folgado, entre outros. Acessórios como xales, cintos, enfeites de cabeça, brincos de medalhas são bem-vindos.

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Meleah Laff


O nome significa lenço enrolado, e se originou no Egito, mais especificamente no subúrbio do Cairo e de Alexandria.

Dançada geralmente com um vestido, um chaddor e um lenço.

O chaddor geralmente é de crochê, serve para cobrir o rosto e pode ser tirado no decorrer da apresentação.

O vestido, usualmente mais colado ao corpo, deve tampar o umbigo, e pode ser bordado ou não. O lenço é de tecido grosso e nunca transparente, podendo ser bordado ou não.

A bailarina tem que ter habilidade para segurar e movimentar bem o lenço, para acrescentar charme e graça, caso contrário a dança fica poluída e prejudicada.

A dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente as egípcias costumam mascar goma de miske), dando um ar de irreverência e brincadeira à dança.

A música é sempre muito alegre e festiva, geralmente nos ritmos malfuf ou falahi.

Por ser uma dança de subúrbio, a sensualidade de uma apresentação deve ser suburbana. Ou seja, a bailarina tem que ser muito charmosa e carismática, ser levemente ousada e exagerar na movimentação, porém sem cair na vulgaridade.

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Instrumentos


Corda

Os instrumentos de corda mais utilizados na música árabe são




Percussão


Os instrumentos de percussão da música árabe são:




Um dos principais instrumentos de percussão árabe, o derbak está presente em quase todas

músicas árabes. Desde músicas modernas, passando pelas folclóricas e clássicas, até os taksins e solos de percussão.







Sopro

Os instrumentos de sopro mais presentes na música árabe são:



Há ainda outros instrumentos tocados na música árabe, mas que não são considerados dentro de nenhuma categoria apresentada anteriormente. Entre eles estão: acordeom, órgão, bateria, guitarra.


Música Árabe


Há basicamente cinco estilos diferentes de música árabe para a dança do ventre.

É importante que a bailarina de dança do ventre conheça as diferenças entre as músicas e saiba identificá-las, para não realizar danças em músicas inadequadas.

E depois é importante que ela acompanhe com seus movimentos as marcações musicais, gerando assim uma sintonia entre o que se ouve e o que se vê, ou seja, causando assim a impressão de que os sons são emitidos pelo próprio corpo da bailarina.

Músicas modernas

Geralmente são lineares, não oferecendo grandes mudanças. Costumam apresentar um ritmo só do início ao fim, e o mais comum é o ritmo said, embora às vezes possa ter também o baladi e o malfuf. Geralmente elas são cantadas, e como exemplos de cantores modernos temos Ehab Tawfic, Amr Diab, bem como Nancy, só para citar alguns.

Por não apresentar grandes variações, este tipo de música é o mais adequado para aquelas que estão começando a dançar, e que provavelmente sentirão dificuldades com uma música clássica, por exemplo.

[Ouça]

Músicas folclóricas

São aquelas adequadas para as danças folclóricas árabes dos mais diversos países, como a dança da Bengala, o Khaleege, entre outros. Entre os ritmos mais presentes estão o Said, o Malfuf, Falahi, o Soudi, o Ayubi.

Estes ritmos também podem estar presentes em outros estilos de música árabe, como as modernas e as clássicas. Ou seja, não é o ritmo que caracteriza o tipo de música. Na música folclórica muitas vezes há a flauta Mizmar, aquela cujo som é agudo e se assemelha a um “mosquito”.

[Ouça]

Músicas Clássicas

São as músicas mais longas, podendo ter até 12 minutos de duração ou mais. São também as mais difíceis de dançar, pois apresentam muitas variações de ritmos, velocidades e instrumentos, exigindo da bailarina, portanto, uma variedade de passos e bem como habilidade para marcar as nuances da música.

Geralmente começam com uma grande entrada, na qual a bailarina se apresenta ao público, fazendo deslocamentos, e podendo entrar com véu. E a música finaliza com essa mesma parte em que se iniciou, e é onde a bailarina se despede do público. No meio da música clássica, os ritmos e os instrumentos variam bastante, e geralmente pode aparecer um solo de percussão, um taksin, uma parte cantada, ou uma parte folclórica. E neste caso cabe à bailarina saber interpretar bem cada momento deste estilo de música grandiosa.

[Ouça]

Solos de percussão

Como diz o nome, só há percussão, não há voz e não há nenhum outro instrumento melódico. O principal instrumento de percussão é o derbak, então ele quase sempre estará presente em um solo.

No entanto, provavelmente também haverá algum pandeiro, podendo ter também snujs. Neste tipo de música a bailarina precisa marcar bem as batidas de percussão na música, já que ela será composta somente por sons batidos. Por isso, este tipo de música requer certa habilidade da bailarina, e para que não perca as batidas da música é recomendado que a dança seja coreografada.

[Ouça]

Taksin

É um tipo de música onde há apenas o som de um instrumento melódico, que pode ser o violino, ou acordeom, ou uma flauta, ou alaúde, ou kanoon, entre outros. Nesta música o músico está improvisando, o que significa que o que está tocando não está escrito, e que não voltará a se repetir da mesma maneira.

No taksin pode haver acompanhamento de um instrumento de percussão ou não. É um estilo de música que requer da bailarina movimentos mais lentos, contidos, com poucos deslocamentos em cena.

Há trechos de taksin em uma música clássica bem como há músicas inteiras de taksin.

Alguns Ritmos


Ayubi

É o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo.

É um ritmo de

compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido.


Em sua versão lenta ele é mais utilizado para uma dança folclórica chamada Zaar.


Em sua versão acelerada está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbak e folclóricas, que são as versões mais utilizadas pra Dança do Ventre.

Nas músicas clássicas aparece geralmente nas entradas e finalizações, e também em momentos de transição.

É um ritmo linear, curto, constante, sem modificações, portanto não leva muito à inspiração, à diversificação.

Pode ser cantado assim: KA DUM KA DUM.

Baladi

Ritmo de compasso 4/4. Em árabe baladi significa meu povo, minha terra, terra natal, meu país, urbano, minha cidade, ou seja, tudo que tenha origem popular.

É um ritmo em homenagem à terra, ao campo.

É importante e bem conhecido no Líbano. Pode ter diferentes velocidades (mais lenta ou mais rápida).

Presente em músicas modernas, clássicas e folclóricas (dança baladi), assim como em solos de derbak.

Para cantá-lo: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA.

Falahi

Ritmo de compasso 2/4. É a versão rápida do maqsoum, por isso é um ritmo constante e acelerado.

Segundo a bailarina e professora Hayat El Helwa, “falahi vem de Falahim, nome dado aos camponeses egípcios que para amenizar o árduo trabalho, costumam dançar e cantar durante a preparação do solo para nova semeadura e novas colheitas”.

Estes camponeses geralmente moram no interior do Egito e exercem atividades de agricultura ou de pastoril de cabras e camelos.

É um ritmo geralmente tocado em danças folclóricas egípcias, principalmente aquelas ligadas às colheitas, como a dança do Jarro, a dança Gawazi e a dança dos pescadores.

Pode ser cantado assim: DUM TATA DUM TA.

Malfuf

Compasso 2/4. Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado.

É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo.

Em sua versão acelerada é usado na entrada e na saída de cena da bailarina, principalmente nas músicas clássicas árabes. Neste caso, a bailarina pode abusar dos giros e deslocamentos.

Na versão acelerada aparece também em músicas modernas e em músicas folclóricas, como é o caso da dança Hagalla, Dabke, Meleah Laff.

Em sua versão mais lenta pode ser usado na dança do candelabro. Pode aparecer ainda em alguns momentos no solo de derbak.

Para cantá-lo: DUM TATA.

Maqsoum


Compasso 4/4. O nome do ritmo significa “algo que foi partido pela metade”.

Parecido com o ritmo Baladi, mas possui apenas um Dum no início da frase, enquanto que o Baladi inicia-se com dois Duns.

É um ritmo muito utilizado no Egito, e é mais acelerado que o Baladi.

Possui uma versão lenta e uma rápida.

Tocado geralmente em músicas modernas, podendo aparecer também em solos de derbak.

Pode ser cantado assim: DUM TAKATA DUM TAKATA.

Masmoudi

Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o Baladi, porém é mais longo, pois seu compasso é de 8/4, enquanto o Baladi é 4/4.

Teve origem em Andaluzia. Uma de suas versões inicia-se com dois duns e a outra com três duns. Assim, podem ser chamadas respectivamente de Masmudi 2 duns, e Masmoudi 3 duns.

É muito utilizado em músicas clássicas, e às vezes em solos de derbak.

Geralmente é lento, o que favorece movimentos de braços, mãos e movimentos ondulatórios.

Para cantá-lo: DUM DUM DUM TAKA DUM TAKA TAKA.

Said

Ritmo de compasso 4/4. Said é o nome de uma região ao norte do Egito, onde originou-se tal ritmo.

É um ritmo muito importante no pais, bem marcado e alegre, com batidas fortes. No Said há dois Duns no meio da frase, ao contrário do Baladi onde os dois Duns são no início. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não).

Nas folclóricas ele é ideal para a dança da bengala ou do bastão masculina (Tahtib). Nestes dois casos é geralmente acompanhada pela flauta mizmar.

Ritmo também usado na dança Dabke e tocado ainda para a dança dos cavalos, em que estes marcam as batidas mais fortes do ritmo com batidas de suas patas no chão.

Pode ser cantado assim: DUM TAK DUM DUM TAKATA.

Soudi

Compasso 2/4. Ritmo surgido na Arábia Saudita e nos países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc).

Pode ter velocidade mais rápida ou mais lenta.

É característico da dança folclórica khaleege, originária dos mesmos países de onde surgiu o ritmo.

Esta dança geralmente está presente em festas femininas, casamentos, festas familiares. Tem como alguns cantores mais populares: Mouhammad Abdo, Taalaal Maadah e Abdel Majeed Abdallah.

É também tocado em solos de derbak.

Para cantá-lo: TAKATA DUM TA DUM.

Tschifftitilli

Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o ritmo Whada wa noz, mas seu final é diferente, pois termina com DUM TAKATA.

É um ritmo turco, usualmente lento e moderado.

Presente geralmente em taksins, em solos de derbak e em músicas clássicas.

Pode ser cantado assim: DUM TAKA TAKA DUM TAKATA.

Zaffe

Ritmo de compasso 4/4. É um ritmo lento, específico para casamentos, usado geralmente para a dança do candelabro.

Nesta dança geralmente a bailarina entra como num cortejo em casamentos antes dos noivos.

Pode ser cantado assim: DUM TAKATATA DUM TATA.

Warda wa noz

Parecido com o ritmo Tschifftitilli, mas seu final é diferente, pois termina com DUM DUM TA.

Ritmo lento, às vezes tocado em solos de derbak, às vezes em músicas clássicas, às vezes em taksins.

Em taksins aparece geralmente junto com instrumentos de sopro ou corda. Em solos de derbak aparece como um início lento.

Já nas músicas clássicas aparece como um preparo para algo mais, geralmente para uma parte mais grandiosa da música.

É um ritmo que possibilita movimentação mais lenta da bailarina, como ondulações, redondos, oitos, movimentos de mãos e braços.

E como ele incita movimentos lentos, geralmente é possível realizar a dança da espada, dança no chão, dança com taças, dança com véu, etc.

Para cantá-lo: DUM TAKA TAKA DUM DUM TA.

Tribal x Dança do ventre


Tribal não é Dança do Ventre, é uma dança contemporânea que usa elementos de várias artes corporais.

Teve origem na observação da dança oriental mais rústica. Quem criou esse estilo, investigou a dança como ela era dançada pelos povos nômades, tribos etc.

Existem vários sub-estilos: O ATS, o Neo-Tribal, o Tribal Fusion, o Tribal Cabaret, o Tribal Gótico, o Tribal Brasileiro, a World Dance etc...

Apesar de ser uma dança com várias influências, também limita a bailarina por ser muito específica e por que elas ficam desnecessariamente presas a um estilo.

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Fonte:

http://www.centraldancadoventre.com.br

http://www.shaidehalim.blogspot.com/


Bjooo!


@_giiih_

2 comentários:

  1. Adoro a dança com a Espada, acho super sexy, a-ha! rs

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  2. fantastico!!! estou feliz por conhecer esse site muito obrigada,por contribuir com essa cultura vou ler mais grata!!! sou iniciante na dança ,mas sempre gostei e acompanhei algumas reportagens.

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